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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Russia quer ser observador da CPLP

Numa entrevista à Lusa, o diplomata Francisco Ribeiro Telles disse: “Temos tido contactos com a Federação Russa, exploratórios, sobre essa possibilidade. Mas até agora não houve nenhuma formalização”.
É certo que existe “um interesse internacional crescente” pela organização e vários Estados têm manifestado vontade e feito contactos, no sentido de saberem o que faz a CPLP para estudarem uma eventual candidatura a observador associado.
Na próxima cimeira marcada para julho em Luanda, serão aprovadas as candidaturas, já formalizadas, de pelo menos mais seis países observadores: Roménia, Grécia, Qatar, Peru, Costa do Marfim e Estados Unidos. Espanha, entregou, em dezembro, a carta formal de manifestação de interesse para ser observador associado, explicou.
Com tantos países interessados, a organização vai ter de refletir “até que ponto a CPLP lhes pode ser útil e eles podem ser úteis à CPLP”.
A que se deve tanto interesse desses países?
O diplomata diz que a organização é vista “como uma plataforma linguística”, como é o caso dos que têm uma comunidade de falantes de português e “querem estabelecer um contacto mais estreito com a CPLP, no sentido de desenvolverem a língua portuguesa nesses países”. A explosão demográfica em África, que “vai criar uma nova centralidade para a língua portuguesa no continente africano“, e os Estados “estão atentos a isso”, afirmou.
Os países já se aperceberam que a “CPLP funciona como um bloco em determinadas organizações internacionais” e acham que “vale a pena estar junto” dela, porque pode funcionar também para a eleição dos seus dirigentes, explicou.
Ainda “há, obviamente”, os Estados que olham para a CPLP como “uma plataforma para estabelecer negócios e parcerias económicas com outros países, nomeadamente africanos”, concluiu.
imagem e noticia adaptada do site zap

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