O livro foi um enorme sucesso e Dunant viajou pela Europa inteira no sentido de ganhar o maior número de apoios para as suas propostas.
Em 1863, com a ajuda de quatro cidadãos de Genebra, fundou o Comité Internacional de Socorro aos Militares Feridos em Tempo de Guerra (desde 1875, designado por Comité Internacional da Cruz Vermelha). Nesta altura é, também, adoptada uma cruz vermelha em fundo branco (inverso da bandeira da Suíça, país de Henry Dunant) como emblema protector.
No ano seguinte, 12 Estados assinam 10 artigos que formam a I Convenção de Genebra. A partir desta convenção nasce o Direito Internacional Humanitário, demonstrando que mesmo em tempo de guerra existem regras que têm de ser cumpridas pelos combatentes.
Em 1901, Henry Dunant recebeu o primeiro Prémio Nobel da Paz. À data da sua morte, 30 de Outubro de 1910, então com 82 anos de idade, o prémio estava intacto e destinado, por testamento, ao pagamento das suas dívidas e a obras filantrópicas.
Em sua homenagem, o dia do seu nascimento – 8 de Maio – é comemorado em todo o mundo como o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Em Portugal
Por nomeação do Rei D. Luís I, o médico-militar José António Marques representou Portugal na Conferência Internacional realizada em Agosto de 1864, em Genebra.
Portugal foi, assim, um dos 12 países que assinou a I Convenção de Genebra de 22 de Agosto de 1864, destinada a melhorar a sorte dos militares feridos dos exércitos em campanha.
Regressado a Portugal, José António Marques organizou, a 11 de Fevereiro de 1865, a "Comissão Portuguesa de Socorros a Feridos e Doentes Militares em Tempo de Guerra", primitiva designação da Cruz Vermelha Portuguesa.
Noticia adaptada do site cruzvermelha.pt