A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o dia 31 de maio como o Dia Mundial Sem Tabaco. Este ano, a Direcção-Geral da Saúde associa-se a este dia e dá voz às crianças e adolescentes.
Em Portugal morrem por ano mais de 12 000 pessoas por doenças associadas ao tabaco. Se por um lado, houve uma redução do consumo em Portugal dos produtos de tabaco convencionais, está a verificar-se um aumento do consumo dos cigarros electrónicos e tabaco aquecido.
Um inquérito online, feito pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), diz que um terço dos inquiridos no período de confinamento reduziu ou cessou o consumo de tabaco durante o isolamento devido à pandemia de covid-19.
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em comunicado, revela que tem havido uma “evolução positiva” dos consumidores que em tempo de pandemia deixaram de fumar espontaneamente ou reduziram o consumo, e o médico pneumologista da SPP José Pedro Boléo-Tomé sublinha a relevância de que quase metade dos inquiridos tenha deixado de fumar sem qualquer ajuda.
O médico destaca que “a pandemia pode representar uma boa oportunidade para aumentar a cessação tabágica” e que “deixar de fumar pode ser das atitudes mais eficazes para reforçar a imunidade, prevenir a covid-19 e reduzir a mortalidade”.