Depois da ministra da Saúde, Marta Temido, ter dito, no sábado, que as celebrações do 13 de Maio, em Fátima, seriam “uma possibilidade”, desde que fossem uma opção dos organizadores e cumpridas as regras sanitárias, a confusão instalou-se. Afinal vão haver as habituais cerimónias ou não?
“Tendo surgido informações de que o Santuário de Fátima poderia fazer a peregrinação de 12-13 de maio com a presença de peregrinos no recinto de oração”, o bispo de Leiria-Fátima, cardeal António Marto, “esclarece que se mantém a decisão anteriormente anunciada de realizar estas celebrações com o recinto fechado, sem a habitual participação dos peregrinos”, afirma um comunicado.
“Estamos conscientes de que um aglomerado imprevisível de pessoas na Cova da Iria, a 12 e 13 de maio, numa altura em que o risco epidémico é elevado, contraria as orientações das autoridades de saúde, que optaram por fazer um desconfinamento gradual e faseado”, refere.
“Respeitamos, por isso, numa atitude de colaboração com as diversas autoridades, as orientações de realizar estas celebrações com uma presença simbólica de participantes: intervenientes na celebração e funcionários do Santuário”, explicita o bispo.
Como “estava previsto, em articulação com as autoridades civis, as celebrações dos dias 12 e 13 de maio, este ano, não podem contar com a presença física dos peregrinos e serão transmitidas pelos órgãos de comunicação social e digital”, acrescenta.
“Por mais que o nosso coração desejasse estar em Fátima, a celebrar comunitariamente no mesmo lugar, como acontece desde 1917, a prudência aconselha-nos a que desta vez não seja assim”, adverte o cardeal António Marto.
“Mantemos esta opção dolorosa na expectativa de, quanto antes, podermos ter neste Santuário as multidões que, na alegria da fé, se reúnem para celebrar e rezar”, conclui o bispo de Leiria-Fátima.
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